terça-feira, 31 de agosto de 2010

CHARLES BAUDELAIRE


Charles Pierre Baudelaire (9 de Abril de 1821 - 31 de Agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francês. É considerado um dos precursores do Simbolismo, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.

Baudelaire é tido como um dos maiores da França de todos os tempos. Alguns o consideram um ensaísta do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. De atuação ousada, tornou-se um ícone no século XX influenciando a poesia mundial de tendências simbolistas, inclusive no Brasil com Teófilo Dias. De sua obra, derivam Rimbaud, Verlaine e Mallarmé. Baudelaire foi precursor de uma linguagem moderna no romantismo, concedendo a realidade uma submissão lírica. Assim, sua poesia é marcada pela contradição; de um lado via-se um herdeiro do romantismo obscuro de Allan Poe e Gerard de Neval, e de outro, o poeta que se opôs ao sentimentalismo redundante do romantismo francês.


Pensamentos de Baudelaire:

"Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo".

"Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente".

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FREDERIC CHOPIN


Frederic Chopin era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de francês e literatura francesa, e da pianista polonesa Justina Krazizanovska. Dez meses após o seu nascimento, a família foi morar em Varsóvia, onde transitava entre os nobres e a burguesia.

Chopin teve uma infância culta. Aos seis anos passou a ter um professor de piano, Adalbert Zwini, que lhe apresentou as obras de Bach e Mozart.

Seu primeiro concerto público ocorreu quando ele tinha oito anos. Na mesma época viu publicada sua primeira obra, uma polonaise. Prosseguiu conciliando seus estudos no Liceu de Varsóvia com as aulas de piano.

Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I. No ano seguinte ingressou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos com o compositor Joseph Elsner.

Em 1830, dias antes de eclodir a Revolução Polonesa contra a ocupação russa, Chopin resolveu deixar Varsóvia e partir para Viena, que vivia sob o regime autoritário de Metternich. Em julho do ano seguinte, Chopin seguiu para Paris, onde logo integrou-se à elite local, passando a ser requisitado como concertista e como professor. Nessa época conheceu músicos consagrados, como Rossini e Cherubini, e outros de sua geração, como Mendelssohn, Berlioz, Franz Lizst e Schumann.

Em uma de suas viagens pela Europa, em 1835, reencontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Chopin apaixonou-se, mas, apresentando já os primeiros sinais de tuberculose, acabou rompendo o noivado por pressão da família de Maria.

Em 1838 Chopin uniu-se à controvertida escritora Aurore Dupin, que usava o pseudônimo masculino de George Sand. O casal resolveu passar um tempo em Maiorca, mas o clima úmido da ilha piorou o estado de saúde do compositor. Em 1839, os dois voltaram para a França e em 1847 romperam definitivamente o relacionamento.

No dia 17 de outubro de 1849, Frederic Chopin faleceu, aos 39 anos. Foi sepultado no cemitério de Père Lachaise, em Paris. Seu coração foi colocado
dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz, em Varsóvia, conforme o seu pedido.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de apenas algumas peças. Várias de suas obras têm influência do folclore polonês, como é o caso das mazurcas e das polonaises.

(Fonte: Uol Educação)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

HEGEL E SUA VERDADE


Jorge Guilherme Frederico Hegel nasceu em Stutgart, em 27 de Agosto de 1770. Estudou teologia e filosofia. Interessou-se pelos problemas religiosos e políticos, simpatizando-se pelo criticismo e pelo iluminismo; em seguida se dedicou ao historicismo romântico. Faleceu em 1831 vítima de cólera. Renunciara, entrementes, aos ideais revolucionários e críticos, para favorecer as tendências absolutistas e intransigentes do estado prussiano.

O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana, a marxista entre outras. Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.

Os elementos do esquema básico do método dialético são a tese, a antítese e a síntese.

A tese é uma afirmação ou situação inicialmente dada. A antítese é uma oposição à tese. Do conflito entre tese e antítese surge a síntese, que é uma situação nova que carrega dentro de si elementos resultantes desse embate. A síntese, então, torna-se uma nova tese, que contrasta com uma nova antítese gerando uma nova síntese, em um processo em cadeia infinito.

A filosofia descreve a realidade e a reflete, portanto a dialética busca, não interpretar, mas refletir acerca da realidade. Por isso, seus três momentos (tese, antítese e síntese) não são um método, mas derivam da dialética mesma, da natureza das coisas.

A dialética é a história do espírito, das contradições do pensamento que ela repassa ao ir da afirmação à negação. Em alemão aufheben significa supressão e ao mesmo tempo manutenção da coisa suprimida. O reprimido ou negado permanece dentro da totalidade.

sábado, 21 de agosto de 2010

CUITELINHO


Cheguei na bera do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na bera da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia ai

Ai quando eu vim de minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia ai

A tua saudade corta
Como o aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a otra faia
E os oio se enche d'água
Que até a vista se atrapaia ai.

Composição: Paulo Vanzolini / Antônio Xandó

IMPRENSA AMORDAÇADA



AS RÃS QUE QUEREM UM REI

Conta o francês La Fontaine que as rãs de um lago viviam bem e em paz, mas algo as incomodava: a falta de um rei, como o tinham outros animais. Pediram então ao deus Júpiter que lhes desse um rei. Júpiter resistiu, mas as rãs tanto insistiram que ele colocou no lago, com manto e coroa, uma cegonha, que comeu as rãs uma a uma.

Querem calar o Bené (Ederivaldo Benedito). Insistir em querer calar a opinião pública é mais do que ir contra a constituição. É um resquício de coronelismos e ditaduras vividas nesse país e que o saudosismo de velhos elitistas insiste em querer restaurar. A democracia é feita da divergência de opiniões e do embate com o diferente para prevalecer o bem comum.Temos o direito de fiscalizar e denunciar o que cremos ser irregular, ilegal ou imoral – principalmente na política.

Aqueles que querem calar a imprensa, lugar onde se propaga a voz de muitos esclarecidos e não domados, verão que isso é impossível. A repercussão de assuntos relevantes para a sociedade foge a qualquer controle externo.Se fomos nós quem votamos e elegemos nossos representantes e se esses trabalham para o cidadão, num regime de representação direta, então é direito nosso através da imprensa, de fiscalizarmos e denunciarmos seja o que for contra quem for. Nunca se esqueçam das palavras do sábio Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que dizeis, no entanto, defenderei até a morte o direito que tens de dizê-las".

LEON TROTSKY


Em 20 de agosto de 1940, o revolucionário comunista Leon Trotsky é assassinado. Nascido em 1879, seu verdadeiro nome era Lev Davidovitch Bronstein. Em 1917, Lenin e Trotsky proclamam o Estado Operário na Rússia. Em 1924, Lenin morre e Stálin passa a perseguir Trotsky, conseguindo bani-lo do país em 1929.

No final de 1917, os bolcheviques, liderados por Lênin e Trotsky, deram um golpe de Estado e derrubaram o governo provisório, dando início ao que chamavam de "ditadura do proletariado" e criando uma República Soviética da Rússia.

De 1918 a 1921 Trotsky exerceu o cargo de Comissário do Povo para a Guerra, numa Rússia em guerra civil. Ao contrário do que gostam de admitir seus admiradores, foi um militar linha dura, que não hesitava em usar a violência contra inimigos ou supostos adversários. Esmagou com mão de ferro uma revolta de anarquistas na cidade de Kronstadt em 1921.

Em 1923 aprofundou-se a cisão entre ele e seu companheiro de partido Stalin, provocada pela ascendência deste na crescente burocracia partidária e por divergências políticas relacionadas aos rumos da revolução. Trotsky propugnava a expansão da revolução por outros países, enquanto Stálin formulava a doutrina do socialismo em um país único.

Com a morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, começou a corrida pela sucessão. No Comitê Central do Partido Bolchevique, iniciou-se o processo de calúnia e difamação de Trotsky promovido por Stalin e seus principais aliados de ocasião, Kamenev e Zinoviev. Em 1925 Trotsky foi proibido de falar em público e em 1929 foi banido da União Soviética.

Ficou no exílio na Turquia até 1933, na França até 1935 e depois na Noruega até 1937. Finalmente, foi para o México, no dia 9 de janeiro de 1937. Nunca deixou de lado o ativismo político, propondo políticas revolucionárias que se opunham às desenvolvidas pelos partidos comunistas que gravitavam em torno da União Soviética em todo o mundo. Em 1938, escreveu o panfleto "Programa de Transição", que é o programa de fundação da 4a Internacional Comunista.

Stalin, porém, considerava a militância de Trotsky uma ameaça real a sua hegemonia sob o movimento comunista internacional. Assim, infiltrou um agente seu na residência mexicana de Trotsky, Ramón Mercader, que o matou a golpes de picareta em 1940. Mercader jamais assumiu ter agido a mando de Stalin.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

FINLÂNDIA


Ano de adesão à União Europeia: 1995
Sistema político: República
Capital: Helsínquia
Superfície total: 338 000 km²
População: 5,3 milhões de habitantes
Moeda: euro

A Finlândia, um país de florestas e lagos, é provavelmente mais conhecida pela sua beleza natural, bem preservada. No extremo setentrional do país, no Verão, o sol não se põe durante quase dez semanas, são as chamadas "noites brancas". Por sua vez, durante o Inverno, passam-se quase oito semanas sem que o sol se vislumbre no horizonte.

Devido ao facto de a Finlândia ter feito parte da Suécia durante sete séculos (do século XII até 1809), cerca de 6% da população fala sueco. A Finlândia tornou-se independente após a Revolução Russa de 1917, ano em que foi instaurada a República. O Parlamento finlandês, unicameral, é constituído por 200 deputados eleitos por um mandato de quatro anos.

A economia finlandesa é moderna e competitiva, sendo o país líder mundial no sector das telecomunicações. As suas principais exportações incluem, para além de produtos do sector das telecomunicações, produtos do sector da metalomecânica, papel, pasta de papel e madeira, artefactos de vidro, aço inoxidável e cerâmica.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

METEOROS PERSEIDAS


A passagem da Terra por uma zona repleta de detritos deixados por um cometa oferecerá a observadores um verdadeiro espetáculo no céu nesta quinta-feira, disse a agência espacial americana, Nasa.

No hemisfério norte, o show tem seu auge entre as 22h de quinta e a madrugada do dia 13 de agosto, sexta feira quando a frequência de meteoros poderá alcançar dezenas por hora.

No Brasil, tomando-se como referência a cidade do Rio de Janeiro, o melhor horário para se assistir ao show no céu será entre a 0h30 e as 2h30 da madrugada do dia 13, disse à BBC Brasil a astrônoma Olivia Johnson, do Royal Observatory de Greenwich, em Londres, Inglaterra.

Johnson explicou, no entanto, que neste ano o show estará mais bonito no hemisfério norte, onde o clímax do espetáculo acontece no período em que a noite está mais escura.

A chuva de meteoros Perseidas (assim chamados porque os meteoros vêm da direção da constelação de Perseus) é causada por detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle.

A cada 133 anos, o enorme cometa cruza o Sistema Solar e deixa para trás um rastro de poeira e detritos. Quando a Terra passa pela região, os fragmentos se chocam com a atmosfera a 140.000 mph (aproximadamente 225.000 kilômetros por hora) e se desintegram em explosões de luz.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CHARLES DE MONTESQUIEU


Em 18 de Agosto de 1689, nascia Charles-Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu. O pensador elaborou a teoria da separação dos poderes, em que a autoridade política é exercida pelo executivo, legislativo e judiciário. Suas teorias influenciaram o pensamento político moderno. Iluminista de formação, disse que as leis que governam os povos, não são frutos do capricho ou do arbítrio de que legisla. Mas decorrem da realidade social, cultural e histórica concreta própria ao povo considerado. Não existem leis justas ou injustas; o que existem são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo de determinado lugar época e circunstância. Pensando pela óptica de Montesquieu, posso compreender, por exemplo, a evolução política do Estado da Bahia e sobretudo, da região Sul da Bahia, e mais especificamente de Itabuna, minha cidade querida.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FAGUNDES VARELA


Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Rio Claro, em 18 de Agosto de 1841. Era filho de Emiliano Fagundes Varela e Emília de Andrade. Passou a infância na fazenda Santa Rita e na vila de S. João Marcos, onde o pai era juiz. Posteriormente, residiu em Catalão, Goiás; nesta cidade, Fagundes Varela conheceu Bernardo Guimarães, o então juiz municipal. De volta ao Rio de Janeiro, morou em Angra dos Reis e Petrópolis, concluindo ali os estudos primários e secundários.

Vozes da América foi publicada em 1864, e sua obra-prima Cantos e Fantasias, em 1865. No ano seguinte, viaja para Recife e é avisado sobre o falecimento da esposa. Assim, em 1867 retorna para São Paulo e matricula-se novamente no 4º ano de Direito. Porém, abandona o curso mais uma vez e recolhe-se na casa paterna, em sua cidade natal. Fagundes Varela permanece até 1870 em Rio Claro, compondo suas obras entre noitadas boêmias, vagando indefinidamente pela vida.

Casou-se pelas segunda vez com a prima Maria Belisária, com quem teve duas filhas e um filho que também morreu prematuramente. Em 1870 vai para Niterói na companhia de seu pai, estabelecendo-se ocasionalmente na casa de familiares e ainda freqüentando a vida noturna carioca. Em 17 de fevereiro de 1875, morre aos 34 anos de apoplexia, já em estado de completo desequilíbrio mental.

A Flor do Maracujá


Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá !
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.

Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.

Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá !

Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá !
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová !
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá !

Por tudo que o céu revela !
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está !!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá !

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!

RODAS DE CONVERSA COM A SOCIOLOGIA

Será realizado no dia 27/08/2010 o Projeto "Rodas de conversas com a sociologia", um evento realizado pela Uesc sob a coordenação do Prodocência, com o foco voltado aos professores do Prodocência, alunos PIBID - UESC e professores da rede pública. Será abordado como tópico central o diálogo da Sociologia com o ensino médio. O evento constará de palestras e oficinas durante todo o dia, e ainda um cine-debate. Contará com a presença de duas Doutoras especializadas no ensino da sociologia a saber: Profª. Drª. Illeize Fiorelli Silva e Profª. Drª. Angela Maria Souza Lima, ambas da Universidade Estadual de Londrina, responsáveis por ministrar as palestras e oficinas do evento.
Não haverá taxa de inscrição e as vagas serão limitadas a 150 pessoas.

Paz e bem!!!

Prof Augusto Marcos Fagundes Oliveira
Professor Assistente
Vice-Coordenador do Curso de Ciências Sociais - UESC
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Rodovia Ilhéus-Itabuna, km 16 – Salobrinho
Ilhéus, Bahia, Brasil – CEP 45650-000

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MURO DE BERLIM


Durante 28 anos, de 1961 a 1989, a população de Berlim, ex-capital do Reich alemão, com mais de três milhões de pessoas, padeceu uma experiência ímpar na história moderna: viu a cidade ser dividida por um imenso muro.

Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a capital alemã, Berlim, foi dividida em quatro áreas. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética passaram a comandar e administrar cada uma destas regiões. No ano de 1949, os países capitalistas (Estados Unidos, França e Grã-Bretanha) fizeram um acordo para integrar suas áreas à República Federal da Alemanha (Alemanha Oriental). O setor soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrado a República Democrática da Alemanha (Alemanha Ocidental), seguindo o sistema socialista, pró-soviético.

Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam passar livremente de um lado para o outro da cidade. Porém, em agosto de 1961, com o acirramento da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.O muro, que começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.

Em 9 de novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo na reintegração da Alemanha.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ANTONIO GONÇALVES DIAS - POETA MARANHENSE


Em 10 de agosto de 1823, nasce o poeta Antonio Gonçalves Dias. Ele nasceu em Caxias, Estado do Maranhão. Em 1849, funda o jornal literário Guanabara, onde Machado de Assis escreveu. As notas predominantes de sua poesia são o nacionalismo e o indianismo, com destaque para o poema "I Juca Pirama".

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Coimbra - julho 1843.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSO DE TEATRO


Sonia Amorim dos Santos é atriz itabunense desde 1989 registrada na Delegacia Regional do Trabalho na função de atriz. Trabalha profissionalmente nessa área onde atua na condição de autônoma ministrando oficinas de teatro ou Free Lance em eventos como: Casamento, Aniversário, Boas Vindas em Aeroportos ou Rodoviárias, Datas Comemorativas ou qualquer outro evento ou situação que requeira seriedade ou humor.

ESTÁ REALIZANDO INSCRIÇÕES NO CENTRO DE CULTURA ADONIAS FILHO PARA O SEU PRÓXIMO CURSO DE TEATRO COM DICAS DE EXPRESSÃO CORPORAL, EXPRESSÃO FACIL, ARTISTICA, POSTURA, CORPORAL E POSTURA VOCAL , ALÉM DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E OUTROS. O CURSO É PARA DESENVOLVER O DESENPENHO PESSOAL E OU PROFISSIONAL DOS INTERESSADOS, ASSIM COMO SEGUIR UMA CARREIRA DE ATOR OU ATRIZ, JÁ QUE É INDICADO PARA AMBOS OS SEXOS E DIVERSAS IDADES.

LOCAL: CENTRO DE CULTURA ADONIAS FILHO
ÍNICIO: 16. 08.2010
HORÁRIO: 19 ÁS 20h.
OUTRAS INFORMAÇÕES: 3613-5076/ 3613-5607 -8859-0481
soniaamorimsantos@hotmail.com

terça-feira, 10 de agosto de 2010

CAETANO EMMANUEL VIANA TELES VELOSO


Em 7 de agosto de 1942, nasce o músico brasileiro Caetano Veloso (foto). O baiano de Santo Amaro da Purificação foi um dos idealizadores do movimento Tropicália. Em 1968, ele lança o disco "Tropicália ou Panis et Circensis" ao lado de Gil, Gal, Tom Zé, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam e Nara Leão.

Junto de Gal Costa, em 1967, lança seu primeiro LP intitulado “Domingo”. No mesmo ano, lança seu primeiro álbum solo, auto-intitulado, com os sucessos “Alegria, alegria”, “Tropicália” e “Soy loco por ti, America”. Sua carreira no Brasil é interrompida por um tempo em 1969, quando foi exilado na Inglaterra, mas continuou compondo e fazendo apresentações na terra estrangeira.

Volta ao Brasil em 1972, e grava um LP com Chico Buarque. Em 1976, cria o grupo “Doces Bárbaros”, junto de Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, sua irmã. Na década de 80, lançou os discos "Outras Palavras", "Cores, Nomes", "Uns" e "Velô". Iniciou a década de 90 lançando o disco com a faixa-título “Circulandô, e o disco “Livro”, de 1998, ganhou o prêmio Grammy na categoria World Music, dois anos depois.

sábado, 7 de agosto de 2010

A BOMBA DE HIROSHIMA


Em 6 de agosto de 1945, a cidade japonesa de Hiroshima é destruída pela primeira bomba atômica detonada pelo homem como arma de guerra. A bomba foi lançada de um avião americano modelo B-29, batizado de "Enola Gay". Três dias depois, a segunda bomba destruia Nagazaki, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

ROSA DE HIROSHIMA

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Composição: Vinícius de Moraes / Gerson Conrad

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SALÁRIOS MISERÁVEIS, FOBIA ESCOLAR, TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS - O FUTURO DO PROFESSOR BRASILEIRO

Há um problema novo nas escolas brasileiras: a indisciplina nas salas de aula assumiu tais proporções que muitos professores estão com medo dos alunos. Não se trata da violência que, nos bairros pobres, ultrapassa os muros escolares e ameaça fisicamente os educadores, mas sim de um fenômeno de subversão do senso de hierarquia que ocorre em grandes redes de ensino privadas e também está presente em colégios tradicionais. Uma explicação parcial para essa mudança de comportamento é a seguinte: os alunos ignoram a autoridade do professor porque o vêem como uma espécie de empregado ou prestador de serviços, pago por seus pais. Uma das queixas mais comuns dos professores diz respeito ao sentimento de impotência diante de alunos indisciplinados. Certas escolas agem como se a lógica do comércio – aquela que diz que o freguês sempre tem razão – também valesse dentro da classe. "Os professores estão sofrendo de fobia escolar, antes um distúrbio psicológico exclusivo das crianças", diz o psicanalista Raymundo de Lima, professor do departamento de fundamentos da educação da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná.

O professor que desenvolve fobia escolar sente um pavor profundo da escola e da sala de aula, acompanhado de alterações físicas como palpitações e tremores. Os ambulatórios psiquiátricos dos hospitais brasileiros já registraram o aumento dos casos de professores com distúrbios de ansiedade, entre eles a fobia escolar. "O número de professoras que têm procurado atendimento por estar estressadas, deprimidas ou sofrendo de crise do pânico aumentou cerca de 20% nos últimos três anos", diz Joel Rennó Júnior, coordenador do Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo. Até meados dos anos 90, esse tipo de distúrbio psicológico era um quase monopólio daqueles professores que trabalham em escolas públicas. Hoje, afeta igual quantidade de educadores de colégios particulares.

INVOLUÇÃO, SELVAGERIA, DESGRAÇAS - EIS O RETRATO DA EDUCAÇÃO DO BRASIL



Conforme reportagem publicada pela Tv Record em 02 de agosto
professores relatam casos de violência de alunos em escolas do Rio
Denúncias fazem parte de dossiê produzido por sindicato.
Educadores, doentes, são afastados e vivem a base de remédios.

A professora E., de licença médica, foi ameaçada
de morte por aluno (Foto: Aluizio Freire)O grupo sacode as grades de ferro, lança bombas (tipo cabeça-de-negro) nos corredores, que explodem e estremecem as paredes do prédio. Grita, simulando uivos de animais, xinga e faz ameaças a quem ousa entrar na sua frente. Parece rebelião em um presídio, mas são atos de alunos rebeldes, relatados por professores de ensino médio e fundamental em um detalhado dossiê sobre violência nas escolas do Rio.

Mas profissionais da área já preparavam um amplo seminário sobre a violência nas escolas. Entre os temas do evento, que vai reunir educadores de vários estados no dia 25 de agosto na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), será discutido a Síndrome de Burnout, doença que tem afastado muitos profissionais do mercado de trabalho por estresse excessivo.

De acordo com estudos psiquiátricos, a Síndrome de Burnout caracteriza tensão emocional crônica provocada pelo trabalho estressante. Como o nome diz pouca coisa, só o quadro clínico do paciente pode revelar a gravidade e a evolução da doença.

"A gente não pode mais fechar os olhos para isso. Existem muitos professores traumatizados, doentes, abandonando a profissão depois de receberem ameaças de morte. Isso é muito grave. Não culpamos apenas os alunos, discriminados e vítimas de outras questões sociais. Mas a instituição, as secretarias de educação precisam oferecer um suporte psicológico para os alunos e uma estrutura de apoio para que os educadores não fiquem à mercê desse tipo de violência, que está sendo banalizado”, afirma a coordenadora do estudo, Edna Félix, que representa o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ).

De acordo com o Sepe, as escolas da Região Metropolitana do Rio concentram os casos mais graves de violência. Segundo levantamento realizado pela entidade, somente na capital existem mais de 200 unidades de ensino situadas em áreas consideradas de risco, o que indicaria o alto índice dos casos de agressividade dentro das salas de aula.

Uma das vítimas dessa violência é a professora de História Nádia de Souza, 54 anos, 23 de magistério. Ela está de licença médica desde o dia 30 de junho de 2009, acometida de transtornos emocionais, de acordo com laudo entregue por sua médica na terça-feira (5), após consulta no Serviço de Psiquiatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, confirmando a necessidade de afastamento profissional da paciente.

Nádia, com síndrome do pânico, não consegue
passar na porta de uma escola (Foto: Aluizio Freire)Professora de História e Sociologia, pós-graduada em História da África, artista plástica e escritora, com dois livros publicados, Nádia lecionava na Escola Municipal Deodoro, na Zona Sul do Rio, até ser ameaçada por um aluno, no ano passado.

“Vou te quebrar”, disse um aluno ao ser informado que estava em recuperação. Sem conseguir mais ministrar suas aulas, entrou em licença médica.

Os primeiros sintomas de pânico surgiram durante uma viagem de metrô. À medida que o vagão ficava lotando aumentava seu desespero. Quando saiu estava em prantos, sufocada, com taquicardia. Precisou ser socorrida.

A paixão pelas crianças, o prazer de ensinar, se transformaram em aversão. “Dói muito a gente não poder fazer uma coisa para a qual se dedicou a vida inteira. É frustrante, é o fracasso”, revela Nádia.

domingo, 1 de agosto de 2010

A ÉTICA DE MURICY RAMALHO E O PARADOXO DO TRIBUNAL


Conta-se que o sofista Protágoras ensinou Direito (Leis) a um pobre estudante de nome Euatlo, com a seguinte condição: Euatlo deveria compensar Protágoras apenas quando conseguisse vencer sua primeira causa. Depois de concluir os estudos de Direito e Retórica, Euatlo abandonou seu antigo propósito e decidiu seguir a carreira política. Protágoras cansou de esperar o pagamento dos honorários e procurou seu antigo aluno. Euatlo contestou protágoras dizendo que não lhe devia absolutamente nada, justamente, porque segundo o acordo judicial ele deveria pagar somente após vencer a sua primeira causa, e isto não havia acontecido. Então Protágoras processou Euatlo a fim de fazer valer o acordo inicial. Em frente à corte, cada um dos dois confirmou a sua versão dos fatos com exercício de lógica e retórica impecáveis. Protágoras assim argumentou:
Se Euatlo perdesse a causa, então deveria obedecer a corte e, portanto, pagar a dívida. E se Euatlo vencesse a causa, então teria vencido a sua primeira causa, portanto deveria pagar a dívida, segundo o que fora acordado anteriormente.
A argumentação de Euatlo foi da mesma linha de Protágoras, ou seja, persuasiva e lógica. Ele afirmou que se tivesse vencido a causa a corte haveria reconhecido que ele não devia absolutamente nada a Protágoras e como cumpridor das leis deveria seguir a indicação. Depois afirmou ainda que se perdesse a causa, não deveria pagar nada, consoante o que fora acordado anteriormente.

Afinal, qual dos dois raciocínios é correto?
Qual sentença deveria pronunciar a corte?

Eis aí um belo paradoxo; de que forma sairemos dessa “aporia” (beco sem saída)? Percebo uma solução para esse problema na filosofia da moral de Immanuel Kant, desenvolvida em sua obra Metafísica dos Costumes (1785). Aqui Kant apresenta o “imperativo categórico”. O imperativo não admite hipóteses (se... então) nem condições em que o fariam valer em certas situações e não valer em outras, mas vale incondicionalmente para todas as circunstâncias de todas as ações morais. O imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal. Ou seja, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma.
Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza;

2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;

3. Age como se a máxima da tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

A segunda máxima afirma a dignidade dos seres humanos como pessoas e, portanto, a exigência de que sejam tratados como fim da ação e jamais como meio ou como instrumento para nossos interesses.

Essa parece ser a postura ética do treinador de futebol Muricy Ramalho que rejeitou um convite para treinar a Seleção Brasileira em respeito a um contrato assinado com o Fluminense. Que o nobre Muricy sirva de paradigma para muitos médicos brasileiros que desconhecem a ética e o juramento de Hipócrates, mas reconhecem apenas o mercantilismo, a venalidade.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. São Paulo: Martin Claret: 2004.