sexta-feira, 30 de julho de 2010
DENIS DIDEROT - O ENCICLOPEDISTA
Denis Diderot nasceu em Langres, na França, em 5 de outubro de 1713, e morreu em Paris, em 31 de julho de 1784. Educado em colégio de jesuítas, recebe sólida instrução humanística. Em 1732 instala-se em Paris. Vive apenas de traduções. Depois, dedica-se à direção editorial da "Enciclopédia ou Dicionário lógico das ciências, artes e ofícios", obra gigantesca que preparará ideologicamente a Revolução Francesa.
Pensamentos de Diderot:
Aquele que se analisou a si mesmo, está deveras adiantado no conhecimento dos outros.
Em geral, quanto mais um povo é civilizado, educado, menos os seus costumes são poéticos; tudo se atenua ao se tornar melhor.
Só Deus e alguns génios raros continuam a avançar pelo campo da novidade.
A superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
BENITO MUSSOLINI
Em 29 de julho de 1883, nasce o ditador italiano Benito Mussolini. A realização da "marcha sobre Roma" convence o rei Víctor Emanuel III a confiar o governo ao "Duce". Ele exerce uma ditadura a partir de 1925. Durante a Segunda Guerra, faz uma aliança com a Alemanha, criando o Eixo Roma-Berlim.
Com a entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940, Mussolini assumiu pessoalmente o comando das tropas italianas. Depois das derrotas na Grécia e na África (perda da Etiópia em 1941 e da Líbia em 1942) e do desembarque dos Aliados na Sicília em 1943, o conselho fascista retirou-lhe o apoio e foi preso por ordem do rei. Foi ainda libertado por pára-quedistas alemães de sua prisão no Gran Sasso, fundando no norte da Itália a República Soziale Italiana (República de Saló), sob o domínio de Hitler. Mas deu-se a ruptura na frente de combate alemã e o antigo "Duce" foi capturado, mesmo antes do fim da guerra, pelos partisans italianos, quando tentava fugir com sua amante, Claretta Petacci. Foi sumariamente fuzilado.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O BEBÊ DE PROVETA
Em 25 de julho de 1978, nasce na Inglaterra Louise Joy Brown, o primeiro "bebê de proveta". Fruto de dez anos de pesquisa dos doutores Steptoe e Edwards, a fertilização in vitro gerou um bebê de um embrião fertilizado fora do útero materno. Graças a essa técnica, nascem milhares de bebês sadios de mães inférteis.
JOÃO PESSOA E A REVOLUÇÃO DE 1930
quarta-feira, 21 de julho de 2010
ESCOLA DIVINA PROVIDÊNCIA É A PROVIDÊNCIA EDUCACIONAL DE ITABUNA
O Colégio Vitória foi considerado o melhor de Ilhéus no Enem 2009 e o 50º do país. Somou 701,18 de 1.000 pontos possíveis. Foi o segundo melhor na Bahia.
Em Itabuna, a escola de melhor desempenho no exame realizado foi a Divina Providência, com média total de 641,54 pontos. Alcançou o 55º lugar no ranking estadual do Ensino Médio.
A pontuação considera o desempenho dos estudantes em redação e na prova objetiva.
Os primeiros resultados do Enem representam uma guinada para uma das mais tradicionais escolas de Itabuna.
A Divina Providência se recupera de uma grave crise que a levou a sair do endereço na rua São Vicente de Paulo, no centro, para um prédio na avenida do Cinquentenário.
O desempenho da Divina desbancou os campeões do Enem em Itabuna, nas edições anteriores: o Sistema (com 633,8 pontos em 2009) e Galileu (632,23).
Em comum, as três escolas têm o fato de serem da rede privada de ensino. Para efeito de comparação, a média da edição do Enem 2009 foi de 500 pontos.
Na rede pública, o melhor desempenho itabunense foi registrado pelo Colégio da Polícia Militar, que obteve 575,1 pontos nas provas objetiva e de redação.
O Ciso-Estadual pontuou com 540,14, à frente do Colégio Modelo, com 527,12. A média nacional em 2009 bateu em 529,63 pontos.
O Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf) obteve 520,63 pontos. A unidade de ensino com menor rendimento no Enem 2009 foi o Grupo Escolar Félix Mendonça, com 453,1 pontos.
(TEXTO: PIMENTA NA MUQUECA)
domingo, 18 de julho de 2010
NERO O GRANDE PSICOPATA
Ele mandou matar a própria mãe, duas esposas e até São Pedro. Mesmo assim, em seu curto reinado, ele tentou bancar o artista sensível
O ano é 64. Estamos em Nápoles, no sul da Itália, perto de onde, apenas 15 anos depois, o Vesúvio destruiria várias cidades, incluindo Pompéia. Um artista está fazendo sua estréia para o grande público. Loiro, de olhos azuis e um tanto gordo, ele atua descalço, usando apenas uma túnica. Toca lira e canta músicas que ele mesmo compôs. A apresentação é horrível, e mesmo assim ninguém se levanta, porque abandonar o show seria um crime punido com a morte. Na platéia, uma mulher entra em trabalho de parto e tem o filho ali mesmo. Algumas pessoas simulam desmaios, para serem arrastadas para fora do teatro e escapar. O artista em cena é ninguém menos que o imperador romano Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus. “Paranóico, megalomaníaco, assassino e sem caráter: esse era o perfil do ditador que manteve o império curvado às suas vontades durante os 14 anos de seu reinado. O curioso é que, a princípio, ele não tinha chances de sentar-se no trono”, diz Graeme Barker, arqueólogo e professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Nero só chegou ao trono por causa de sua mãe, que fez e aconteceu para ver o único filho controlando o império. Fez e aconteceu mesmo. A história da ascensão do filhinho da Agripina envolve orgias, incesto, assassinatos, intrigas e traições. Nero nasceu com o nome Lucius Domitius Ahenobarbus, filho de Agripina com Gnaeus. Sua mãe era irmã e amante do rei da época, Calígula, e usou seu poder para conspirar contra ele. Calígula, que era maluco mas não era bobo, descobriu tudo e despachou a mulher para a ilha da Sicília. Enquanto ela estava afastada, seu marido morreu por causa de um edema e o grande imperador foi assassinado.
Naquela época, Lucius tinha 2 anos de idade. Quem assumiu o poder foi Tiberius Claudius, também sobrinho de Calígula. Nessa dança de cadeiras, Agripina voltou a Roma e se casou com o milionário Gaius Sallustious Passienus Crispus. Aí ela envenenou o sujeito, ficou com o dinheiro e começou a namorar o próprio imperador Claudius. Tanto fez que conseguiu fazer com que a rainha Messalina fosse condenada à morte por suspeita de traição. Com o caminho livre, Agripina casou com o imperador e se tornou rainha.
Imperador adotivo
Lucius, que estava com 13 anos, passou a ser o primeiro candidato a imperador e mudou de nome. O filho legítimo do rei, Britannicus, era mais jovem do que Nero, o novo filho adotivo. “A adoção era comum entre os senadores. Eles precisavam de herdeiros homens, e também aproveitavam para usar os novos filhos para aproximar famílias importantes e poderosas”, explica Ronaldo Vainfas, professor de História da Universidade Federal Fluminense.
Mais do que filho adotivo, Nero se tornou um xodó do imperador. Ele adiantou a maioridade do rapaz para 14 anos e o casou com sua filha Octavia. Depois de tantas confusões dignas das novelas das 8, os planos de Agripina alcançaram o objetivo: no dia 13 de outubro do ano 54, Claudius morreu e Nero, com apenas 17 anos, se tornou o quinto César. “Agripina assassinou o marido para acelerar a subida do filho ao poder. Ela queria usar Nero para governar”, diz o historiador.
E, realmente, nos primeiros cinco anos de reinado, Nero não deu palpite nos assuntos administrativos. Preferia ocupar o tempo entre corridas de bigas e orgias para lá de animadas. “Foi um período marcado pela paz e pela boa administração”, conta Dan Roberts, historiador e professor da Universidade de Richmond, nos Estados Unidos. “Os problemas começaram quando Nero se apaixonou pela escrava Claudia Acte e sua mãe não concordou”, acrescenta. Foi então que o garoto mostrou a que veio. Contra todas as expectativas, rompeu com a mãe, incorporou o título de Augusto e resolveu mandar no governo. Agripina tentou reagir, e começou a conspirar para colocar Britannicus no poder. Mas, é aquela história: filho de peixe peixinho é. Nero envenenou o irmão durante um jantar.
Depois, o imperador virou Roma de cabeça para baixo. Nessa mesma época, assumiu publicamente que tinha dois amantes, Marcus Salvius e Poppaea. Dizia que era, ao mesmo tempo, esposa dele e marido dela. Em 59, Nero deixou os súditos de cabelos em pé ao planejar a morte da própria mãe. E olha que não foi fácil: Agripina só morreu depois de cinco tentativas. Na última, foi esfaqueada e não resistiu.
Fogo!
Em julho de 64, Roma pegou fogo. Todo mundo tinha certeza de que Nero era o culpado, apesar de até hoje ninguém ter conseguido provar o envolvimento direto do imperador. “Incêndios eram comuns em Roma. A cidade tinha muitos condomínios de três ou quatro andares, feitos de madeira e divididos por várias famílias. Mas nunca tinha acontecido um incêndio tão destruidor como o daquele verão”, diz Gregory Warden, arqueólogo e professor da Southern Methodist University, nos Estados Unidos. “A famosa imagem de Nero tocando lira e cantando no teto de um de seus palácios, enquanto Roma virava fumaça, foi muito divulgada por seus inimigos”, completa. O fato é que Nero aproveitou o incêndio para construir palácios e aumentar o ataque aos cristãos. Sua imagem pública nunca mais se recuperou.
Suspeito de incendiar a cidade, Nero botou a culpa nos cristãos. Depois, se dedicou a destruir essa nova seita. Um de seus castigos favoritos era jogar os fiéis aos leões na arena, onde eles eram destroçados. O povão adorava. Outro costume do imperador era queimar cristãos vivos para iluminar os jardins de seu palácio. Entre os religiosos que ele mandou matar estão dois dos homens mais importantes da história do cristianismo: São Pedro e São Paulo.
No ano 67, depois de voltar de uma turnê artística pela Grécia, o imperador encontrou uma oposição política bem organizada. No ano seguinte, foi deposto pelo Senado e condenado à morte. Em vez de se entregar, pediu que um de seus funcionários rasgasse sua garganta com uma adaga. Segundos antes de morrer, Nero declarou: “O mundo acaba de perder um grande artista”.
(Texto: Natalia Yudenitsch)
O ano é 64. Estamos em Nápoles, no sul da Itália, perto de onde, apenas 15 anos depois, o Vesúvio destruiria várias cidades, incluindo Pompéia. Um artista está fazendo sua estréia para o grande público. Loiro, de olhos azuis e um tanto gordo, ele atua descalço, usando apenas uma túnica. Toca lira e canta músicas que ele mesmo compôs. A apresentação é horrível, e mesmo assim ninguém se levanta, porque abandonar o show seria um crime punido com a morte. Na platéia, uma mulher entra em trabalho de parto e tem o filho ali mesmo. Algumas pessoas simulam desmaios, para serem arrastadas para fora do teatro e escapar. O artista em cena é ninguém menos que o imperador romano Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus. “Paranóico, megalomaníaco, assassino e sem caráter: esse era o perfil do ditador que manteve o império curvado às suas vontades durante os 14 anos de seu reinado. O curioso é que, a princípio, ele não tinha chances de sentar-se no trono”, diz Graeme Barker, arqueólogo e professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Nero só chegou ao trono por causa de sua mãe, que fez e aconteceu para ver o único filho controlando o império. Fez e aconteceu mesmo. A história da ascensão do filhinho da Agripina envolve orgias, incesto, assassinatos, intrigas e traições. Nero nasceu com o nome Lucius Domitius Ahenobarbus, filho de Agripina com Gnaeus. Sua mãe era irmã e amante do rei da época, Calígula, e usou seu poder para conspirar contra ele. Calígula, que era maluco mas não era bobo, descobriu tudo e despachou a mulher para a ilha da Sicília. Enquanto ela estava afastada, seu marido morreu por causa de um edema e o grande imperador foi assassinado.
Naquela época, Lucius tinha 2 anos de idade. Quem assumiu o poder foi Tiberius Claudius, também sobrinho de Calígula. Nessa dança de cadeiras, Agripina voltou a Roma e se casou com o milionário Gaius Sallustious Passienus Crispus. Aí ela envenenou o sujeito, ficou com o dinheiro e começou a namorar o próprio imperador Claudius. Tanto fez que conseguiu fazer com que a rainha Messalina fosse condenada à morte por suspeita de traição. Com o caminho livre, Agripina casou com o imperador e se tornou rainha.
Imperador adotivo
Lucius, que estava com 13 anos, passou a ser o primeiro candidato a imperador e mudou de nome. O filho legítimo do rei, Britannicus, era mais jovem do que Nero, o novo filho adotivo. “A adoção era comum entre os senadores. Eles precisavam de herdeiros homens, e também aproveitavam para usar os novos filhos para aproximar famílias importantes e poderosas”, explica Ronaldo Vainfas, professor de História da Universidade Federal Fluminense.
Mais do que filho adotivo, Nero se tornou um xodó do imperador. Ele adiantou a maioridade do rapaz para 14 anos e o casou com sua filha Octavia. Depois de tantas confusões dignas das novelas das 8, os planos de Agripina alcançaram o objetivo: no dia 13 de outubro do ano 54, Claudius morreu e Nero, com apenas 17 anos, se tornou o quinto César. “Agripina assassinou o marido para acelerar a subida do filho ao poder. Ela queria usar Nero para governar”, diz o historiador.
E, realmente, nos primeiros cinco anos de reinado, Nero não deu palpite nos assuntos administrativos. Preferia ocupar o tempo entre corridas de bigas e orgias para lá de animadas. “Foi um período marcado pela paz e pela boa administração”, conta Dan Roberts, historiador e professor da Universidade de Richmond, nos Estados Unidos. “Os problemas começaram quando Nero se apaixonou pela escrava Claudia Acte e sua mãe não concordou”, acrescenta. Foi então que o garoto mostrou a que veio. Contra todas as expectativas, rompeu com a mãe, incorporou o título de Augusto e resolveu mandar no governo. Agripina tentou reagir, e começou a conspirar para colocar Britannicus no poder. Mas, é aquela história: filho de peixe peixinho é. Nero envenenou o irmão durante um jantar.
Depois, o imperador virou Roma de cabeça para baixo. Nessa mesma época, assumiu publicamente que tinha dois amantes, Marcus Salvius e Poppaea. Dizia que era, ao mesmo tempo, esposa dele e marido dela. Em 59, Nero deixou os súditos de cabelos em pé ao planejar a morte da própria mãe. E olha que não foi fácil: Agripina só morreu depois de cinco tentativas. Na última, foi esfaqueada e não resistiu.
Fogo!
Em julho de 64, Roma pegou fogo. Todo mundo tinha certeza de que Nero era o culpado, apesar de até hoje ninguém ter conseguido provar o envolvimento direto do imperador. “Incêndios eram comuns em Roma. A cidade tinha muitos condomínios de três ou quatro andares, feitos de madeira e divididos por várias famílias. Mas nunca tinha acontecido um incêndio tão destruidor como o daquele verão”, diz Gregory Warden, arqueólogo e professor da Southern Methodist University, nos Estados Unidos. “A famosa imagem de Nero tocando lira e cantando no teto de um de seus palácios, enquanto Roma virava fumaça, foi muito divulgada por seus inimigos”, completa. O fato é que Nero aproveitou o incêndio para construir palácios e aumentar o ataque aos cristãos. Sua imagem pública nunca mais se recuperou.
Suspeito de incendiar a cidade, Nero botou a culpa nos cristãos. Depois, se dedicou a destruir essa nova seita. Um de seus castigos favoritos era jogar os fiéis aos leões na arena, onde eles eram destroçados. O povão adorava. Outro costume do imperador era queimar cristãos vivos para iluminar os jardins de seu palácio. Entre os religiosos que ele mandou matar estão dois dos homens mais importantes da história do cristianismo: São Pedro e São Paulo.
No ano 67, depois de voltar de uma turnê artística pela Grécia, o imperador encontrou uma oposição política bem organizada. No ano seguinte, foi deposto pelo Senado e condenado à morte. Em vez de se entregar, pediu que um de seus funcionários rasgasse sua garganta com uma adaga. Segundos antes de morrer, Nero declarou: “O mundo acaba de perder um grande artista”.
(Texto: Natalia Yudenitsch)
GILBERTO FREIRE
Em 18 de julho de 1987, morre Gilberto Freyre (foto), escritor brasileiro que mais homenagens recebeu de universidades da Europa e dos EUA. Nascido em 1900, Freyre escreveu 67 livros, sendo Casa Grande & Senzala, de 1933, a sua maior obra. O livro se tornou um clássico sobre a formação da sociedade brasileira.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
DESESPERO HUMANO
Na tarde de 16 de julho de 1950, 173.850 pessoas desesperads emudeceram na maior frustação da história do futebol brasileiro. O Brasil precisava apenas de um empate contra o Uruguai para conquistar a sua primeira Copa do Mundo, em pleno Maracanã. O time saiu ganhando mas acabou perdendo o jogo de virada, por 2 a 1.
JOSÉ BASTOS: O PARNASIANO ITABUNENSE
UM CANTO PARNASIANO
Segundo Hamilton Nepomuceno, organizador e prefaciador da segunda edição de Horas Líricas, primeiro e único livro do poeta Itabunense José Bastos (1905 – 1937), nascido no então arraial de Água preta, hoje o bairro Antique, o poeta completou o aprendizado das letras na cidade natal, depois seguiu para a capital de onde retornara por conseqüência da morte de seu pai em Agosto de 1918.
“Horas Líricas” foi publicado em 1930 e reeditado como homenagem ao cinqüentenário de Itabuna. Com esse livro em mãos o poeta foi para o Rio de Janeiro, onde pretendia inserir-se na vida cultural da antiga capital do país, não conseguindo seu intento. Melancólico e doente, vítima da tuberculose, ateia fogo em toda a sua produção ainda inédita em verso e prosa, da qual apenas do título se tem notícia: “Terra Verde”.
E sua poesia não é outra senão o reflexo de um rigoroso senso estético, quanto a linguagem e estrutura, não variando muito quanto a forma (o soneto), fruto de uma escola parnasiana, da qual Olavo Bilac foi, no Brasil, seu artífice mais talentoso.
Como todo poeta parnasiano José Bastos não economizou no uso de palavras incomuns, evitava o intimismo sendo objetivo e impessoal. Seus temas quase sempre são sobre a natureza ou arqueológicos, mitológicos ou históricos.
Fiel a esse ideário, o poeta procura de maneira intencional os ideais clássicos de beleza, equilíbrio, universalidade, harmonia, materialismo com a finalidade de atingir o universalismo platônico, que tanto é mais verdadeiro quanto mais as pessoas acreditarem nele.
(jornal Agora, de Itabuna Caderno Banda B)
Segundo Hamilton Nepomuceno, organizador e prefaciador da segunda edição de Horas Líricas, primeiro e único livro do poeta Itabunense José Bastos (1905 – 1937), nascido no então arraial de Água preta, hoje o bairro Antique, o poeta completou o aprendizado das letras na cidade natal, depois seguiu para a capital de onde retornara por conseqüência da morte de seu pai em Agosto de 1918.
“Horas Líricas” foi publicado em 1930 e reeditado como homenagem ao cinqüentenário de Itabuna. Com esse livro em mãos o poeta foi para o Rio de Janeiro, onde pretendia inserir-se na vida cultural da antiga capital do país, não conseguindo seu intento. Melancólico e doente, vítima da tuberculose, ateia fogo em toda a sua produção ainda inédita em verso e prosa, da qual apenas do título se tem notícia: “Terra Verde”.
E sua poesia não é outra senão o reflexo de um rigoroso senso estético, quanto a linguagem e estrutura, não variando muito quanto a forma (o soneto), fruto de uma escola parnasiana, da qual Olavo Bilac foi, no Brasil, seu artífice mais talentoso.
Como todo poeta parnasiano José Bastos não economizou no uso de palavras incomuns, evitava o intimismo sendo objetivo e impessoal. Seus temas quase sempre são sobre a natureza ou arqueológicos, mitológicos ou históricos.
Fiel a esse ideário, o poeta procura de maneira intencional os ideais clássicos de beleza, equilíbrio, universalidade, harmonia, materialismo com a finalidade de atingir o universalismo platônico, que tanto é mais verdadeiro quanto mais as pessoas acreditarem nele.
(jornal Agora, de Itabuna Caderno Banda B)
terça-feira, 13 de julho de 2010
ERASMO DE ROTERDAM
Em 12 de junho de 1536 - Morre Erasmo de Rotterdam, humanista holandês escritor da obra Elogio da Loucura.Desidério Erasmo foi, em seu tempo, um dos maiores críticos do dogma católico romano e da imoralidade do clero. Mas não deixou de atacar também o movimento protestante de Lutero. Professor de Língua Grega na Universidade de Oxford, na Inglaterra, ele percorreu as principais universidades da Europa.
O ATLETA DO SÉCULO
Em 12 de julho de 1980, Édson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, foi eleito o Atleta do Século, em pesquisa mundial promovida pelo jornal francês L´Equipe. Pelé nasceu em Três Corações, Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1940. Marcou 1.281 gols, participando da conquista dos títulos de 1958, 1962 e 1970.
sábado, 10 de julho de 2010
J. S. SANTOS POETA CARIOCA
ESPÍRITO DE POESIA
Como o habitual,
De todo alvorecer
De um novo dia
Hoje, às cinco horas,
Já me encontrava de pé,
Como que incorporado
Por irradiante espírito
Da mais sublime poesia.
Levantei radiante,
Feliz vibrante,
Ainda de pijama
Sair para o jardim.
Passei a andar,
Por sobre o gramado
Com um bailarino a bailar,
Um romântico poeta
A filosofar poetizar.
De repente,
Encontrava-me a recitar,
Como se me encontrasse
Em pleno placo
De um sarau de poesia.
Sorrir de felicidade,
Pois lá no fundo,
No intimo da minha alma,
Tudo resumia
Em profunda alegria
Pela divina benção,
De receber a graça
Da divina visão
Da angelical luz de um novo dia.
POESIA DE J. S. SANTOS
Como o habitual,
De todo alvorecer
De um novo dia
Hoje, às cinco horas,
Já me encontrava de pé,
Como que incorporado
Por irradiante espírito
Da mais sublime poesia.
Levantei radiante,
Feliz vibrante,
Ainda de pijama
Sair para o jardim.
Passei a andar,
Por sobre o gramado
Com um bailarino a bailar,
Um romântico poeta
A filosofar poetizar.
De repente,
Encontrava-me a recitar,
Como se me encontrasse
Em pleno placo
De um sarau de poesia.
Sorrir de felicidade,
Pois lá no fundo,
No intimo da minha alma,
Tudo resumia
Em profunda alegria
Pela divina benção,
De receber a graça
Da divina visão
Da angelical luz de um novo dia.
POESIA DE J. S. SANTOS
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