sábado, 14 de maio de 2011

METAMORFOSE



Fujo do indeterminado que me angustia;
fujo para o nada, fujo para o jardim do engano
por onde voam de noite e de dia,
borboletas de cores vivas,
sobre leigos girassois;
e sobre as belas orquideas,
amantes dos girassois!
Girassois que não sabiam,
que papoulas sucumbiam,
transformando suas vidas,
em mariposas atrevidas
e borboletas coloridas,
emergentes das metamórficas
noites de fantasias!
Fantasias de moribundos girassois
e lagartas esdrúxulas,
que sangram as verdades
assolados pelas bruxas;
bruxas da incompetencia
dos girassois venais
registrados nos anais
das histórias das bruxas;
bruxas que enlouqueceram
rosas e viloletas
destraidas na luxúria,
na lascívia da sarjeta;
valeta que enclausura
girassois em penúria,
num bouquet de fantasias!

(ANTONIO OLIVEIRA)

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