terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Rio Cachoeira



Cheguei à beira do rio onde a espuma se refaz urubus em voos rasantes pairam na beira do cais, e o robalo desgostoso, nessas águas não tá mais. Peixes de toda espécie nadavam no igarapé, mas a gentalha destruidora que vive na marcha ré com a fúria predatória exterminou o tucunaré.

O verdejante jasmim que aromatiza o Cachoeira é trocado pelo pum da canalha da sujeira, enquanto dorme o ambientalista na noite escura da leseira. O nosso amado Cachoeira é tratado também, como depósito de lixo, como esgoto e com desdém pela escória inconsciente que só ama o que não tem.

Ó ilustre Cachoeira, meu querido e grande irmão Já te cansastes do desprezo de tanta devastação, a espuma que tu mostras é lágrima, lamentação. Excrementos industriais envenenaram tuas correntes perante silêncios mórbidos e olhares negligentes deste povo que te admiras só a hora das enchentes.

A saudade nós entristece ao lembrar tua pujança. Os olhos se enchem de água diante da ignorância e ao coração aflito resta apenas a esperança. A esperança de que um dia, o povo se dê valor e te respeite ó Cachoeira por que és também um filho do Criador! Afinal, a asfixia mata a vida e gera a dor.

2 comentários:

  1. É isso aí Antonio, vamos chamar atenção do povo para o nosso irmão mais velho, o Rio Cachoeira.

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  2. O homem é dotado de inteligência e vontade.A inteligência é muito importante,Dá-nos a capacidade de discernir,de distinguir.Mas é a vontade que nos faz caminhar,que nos faz vencer.Inteligência sem vontade não faz o menor sentido prático.É preciso que voltemos a QUERER,DESEJAR,para que possamos vencer os desafios de hoje.È preciso que a cada dia,queiramos mais ardentimente estar a par das coisas novas.e é pela vontade que conseguir lhe achar,(seu blog).parabéns,ele vale a pena ler Boa semana,sucesso.da amiga raquel.

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